por Alexandra Forbes
Semana passada falei aqui do lançamento do Guia Michelin italiano, edição 2012, que causou enorme bafafá por causa da ascensão de Massimo Bottura ao Olimpo dos tri-estrelados. E agora é hora de passar à Espanha, que reclamou mais do que celebrou ontem à noite, quando as estrelas novas foram anunciadas em noite de gala em Barcelona.
Como já se sabia há tempos nas altas rodas gastronômicas (a informação que vazou confirmou-se como certa), continuarão a ter que brigar pelas três estrelas os chefs que muitos acreditam merecê-las há muito: Andoni Luis Aduriz (Mugaritz), Quique Dacosta (Quique Dacosta) e Dani Garcia (Calima). Assim como aconteceu com o El Celler de Can Roca, que teve que "pastar" anos e anos até senhor Michelin dignar-se a constatar o óbvio, os três restaurantes vão amargar mais um pouco na lista de espera.
Semana passada falei aqui do lançamento do Guia Michelin italiano, edição 2012, que causou enorme bafafá por causa da ascensão de Massimo Bottura ao Olimpo dos tri-estrelados. E agora é hora de passar à Espanha, que reclamou mais do que celebrou ontem à noite, quando as estrelas novas foram anunciadas em noite de gala em Barcelona.
Como já se sabia há tempos nas altas rodas gastronômicas (a informação que vazou confirmou-se como certa), continuarão a ter que brigar pelas três estrelas os chefs que muitos acreditam merecê-las há muito: Andoni Luis Aduriz (Mugaritz), Quique Dacosta (Quique Dacosta) e Dani Garcia (Calima). Assim como aconteceu com o El Celler de Can Roca, que teve que "pastar" anos e anos até senhor Michelin dignar-se a constatar o óbvio, os três restaurantes vão amargar mais um pouco na lista de espera.
Reprodução: El País |
Como a má notícia não era nenhuma surpresa para os chefs, eles estavam zen. Ou, como diz hoje a crítica Rosa Rivas em sua ótima matéria no El País (cliquem nela para verem em tamanho maior), "Horas antes do evento estelar, os máximos candidatos aos três brilhos (…) navegavam entre a resignação e à alegria tranquila, algo assim como a paciência inteligente que os budistas recomendam".
O subtítulo já dizia tudo: "Mais um ano e o Guia Michelin resiste a acrescentar restaurantes à lista dos distinguidos com três [estrelas]"
O guia não gosta quando jornalistas focam a conversa nos três estrelas, vivem insistindo que se fale dos bib gourmands, dos um estrelas. Bah.
Dignas de nota são os muitos restaurantes madrilenhos com duas estrelas, entre eles os recém-premiados Diverxo e Club Allard. Achei uma injustiça que o Arrop, em Valência, não ascendesse a essa categoria: meu recente jantar ali foi melhor do que muitos dois ou até três estrelas!
E aos que entendem espanhol, recomendo vivamente a leitura do post do crítico Carlos Maribona sobre o tema. Ao contrário de muitos de seus conterrâneos, tomados pelo furor patriótico, que vêm maldizendo o guia francês pela internet afora, Maribona faz uma análise pausada, pensada, equilibrada. Aqui o link.
E basta de tanto papo de Michelin, concordam? Aqui, um resuminho dos estrelados, com uma grande falha/omissão (Quique Dacosta, que tem duas), em imagem reproduzida do jornal basco El Correo.
(basta clicar para ver em tamanho maior).