Hotel Cipriani, de Veneza, faz tours por lugares que aparecem em filmes famosos


por Alexandra Forbes

De um modo geral, detesto tours, porque detesto me sentir levada pra lá e pra cá em bando, como uma vaca em uma manada.

Mas....... se tivesse que escolher um tour para fazer, acho que seria o "Cipriani Film Tour".


Recebi hoje um release a respeito, li e achei bacana. Reproduzo a seguir...

"Anualmente, os membros da indústria cinematográfica mundial visitam Veneza, para participar de um dos eventos mais antigo na área, o Festival Internacional de Cinema de Veneza, realizado desde 1932. Além de palco para a premiação, a cidade também é comumente usada como plano de fundo para filmagens de obras icônicas na história do cinema mundial.

O Talentoso Ripley (The Talented Mr. Ripley), de Anthony Minghella, O Mercador de Veneza (The Merchandt of Venice), de Michael Radford e Uma Saída de Mestre (The Italian Job), de F. Gary Gray, são apenas alguns dos títulos que tiveram Veneza como coadjuvante. E para celebrar a íntima relação da cidade com a sétima arte, o Hotel Cipriani, que compõe a coleção Orient-Express, criou o Cipriani Film Tour, uma expedição que leva o público, amante de cinema, aos locais da cidade onde as cenas dos mais importantes filmes foram feitas.

Acompanhados por um guia, os visitantes embarcam numa viagem que remete ao passado. A primeira parada é no Piazza San Marco, onde cenas de Moscou contra 007 (From Russia With Love) e Othello - do renomado cineasta Orson Welles – foram filmadas. Em seguida, o Caffe Florian é visitado: lá foram feitas várias das cenas finais de O Talentoso Ripley. Em seguida, o local onde Woody Allen se apaixona por Julia Roberts em Todos Dizem Eu Te Amo (Everyone Says I Love You), o Campo Santa Maria del Giglio.

A viagem continua na Academia Palazzo Contarini, onde Al Pacino e Jeremy Irons fizeram a clássica performance de O Mercador de Veneza. Outras paradas do Cipriani Film Tour acontecem também em Campo Della Salute (local em que George Lucas e Steven Spielberg conceberam Indiana Jones e a Última Cruzada (Indiana Jones and the Last Crusade), além da visita à igreja de San Nicolo dei Mendicoli, onde cenas do clássico cult  Inverno de Sangue em Veneza (Don´t Look Now), com Donald Sutherland, foram feitas.

O Hotel Cipriani Film turismo custa de 90 euros (aproximadamente R$ 205,00) por hora, dura entre 2-4 horas para um máximo de quatro pessoas por viagem, e pode ser adaptado para atender pedidos privativos de amantes do cinema.

SOBRE O HOTEL CIPRIANI – Há quatro minutos de lancha privada de San Marco, na ponta da Giudecca Island, este ícone do relicário Orient-Express possui vista para a lagoa e o Palácio Ducal. Imerso em estilo veneziano, seu interior é decorado com requintados artefatos locais.  Sua cozinha clássica tem um toque inovador, e sua piscina é conhecida como a mais fabulosa da cidade.
http://www.hotelcipriani.com "

Suíça: o charme discreto da Corniche

por Antonella Kann

Acredite se quiser : apesar de ter nascido naquela região, não me lembro de ter passeado por este bucólico trecho do cantão de Vaud, conhecido como a Corniche. São vários vilarejos espalhados e encravados praticamente dentro dos vinhedos, com vista panoramica para o Lac Léman. São minúsculas comunidades, lindas casas e antigas construções, ladeando a estreita rua por onde mal passam dois carros.




Você pode entrar por Lutry e ir seguindo a estradinha sinuosa que serpenteia morro acima por muitos quilômetros. Existem alguns restaurantes onde se pode almoçar e jantar, até mesmo estação de trem ( afinal, estamos na Suíça onde estação de trem aparece em qualquer esquina).





O visual é lindo, e mesmo tendo perdido o pôr-do-sol e com algumas nuvens nada amistosas no horizonte, a paisagem não perdeu seu encanto. Uma sugestão: deixe o carro estacionado em algum lugar e faça uma caminhada, até mesmo por dentro dos vinhedos, que é um programa diferentão e divertido. Não se esqueça de olhar pra trás de vez em quando, porque o cenário vai mudando a cada curva.








O mais legal é você ficar mesmo perdido no labirinto desta corniche - que significa promontório, em tradução meio chula - mas é toda uma área que se debruça sobre o Lac Léman e onde o mais interessante são os vilarejos e uma atmosfera de campagne. E´ você se sentir inteiramente fora da cidade, mas a menos de 10 minutos de Pully, Lutry ou até mesmo Lausanne. Até mesmo o cheiro é diferente.





Na medida em que você vai subindo, a rua vai ficando mais estreita e cada vez mais alto você vai acabar vendo apenas os telhados. No horizonte, os cumes dos glaciares com neve eterna - é como estar dentro de um cartão postal. Ou dentro de uma caixa de chocolate.


Veneza em visita relâmpago


por Antonella Kann

Antes de me despedir da Europa mais uma vez, vou contar pra voces minha última visita à Veneza. Já fazia uns dez anos que eu não pisava lá, e para dizer a verdade, pensei que não iria conseguir voltar, pois o tempo que eu tinha na Itália era curto: 48 horas....


No entanto, antes de ir para o aeroporto e pegar um vôo às 4 da tarde, me programei pra dar um pulinho em Veneza, nem que fosse uma visita relâmpago. E foi...Ainda na ponte, antes de chegar à ilha, avistamos apenas 5 transatlânticos ancorados no porto, daqueles gigas, que desovam pelo menos 3 mil passageiros cada um nos labirintos venezianos. Logo estacionamos no enorme parking que acolhe todos os infelizes turistas que se atrevem a dirigir até lá. De cara, são 70 euros para deixar o carro por um dia e 25 por três horas. Mas, fazer o quê? Optamos por não pegar o "vaporetto", que é o equivalente a transporte público e vai levando milhares de turistas amassados que nem sardinhas, mas com um sorriso de cabo a rabo...Afinal, estão navegando pelo Grand Canal, o que não é pouca coisa!



Abordamos um daqueles táxi-boat, que nos cobrou 60 euros pelo trajeto de 25 minutos até a Piazza San Marco, e não adianta barganhar...é um "flat rate" imposto pela máfiazinha das lanchas particulares. Mas, vamos colocar assim, como diria uma grande amiga: é programa! Sim, faz parte do programa, você vai sentadinho num banco de couro vermelha ( e ai de você se ousar ficar em pé encima dela pra fotografar!) com o teto solar aberto e apreciando a paisagem. Que é, claaaaaaro, de tirar o fôlego. Mesmo com o céu meio encoberto, Veneza não perde a sua magia.





Máquina em punho, fiz como todos os milhares de turistas fazem. Clica, clica, clica. As praças estavam abarrotadas, fazia um calor desgraçado, as pessoas se submetem a filas quilométricas, mas...estamos em Veneza. O nosso plano era apenas voltar ao local de origem, caminhando pelos becos e sentindo o ambiente efeverscente desta cidade que não cai na mesmice. Ou pelo menos, continua encantando a todos que a exploram. E´ verdade que tem momentos em que você se pergunta cadê a sua verdadeira essência, principalmente depois que você esbarra com quase todas as grifes disponíveis neste planeta. Veneza se globalizou, se bobear tem até H&M...



Mas, fiquei me perguntando outras coisas sobre a cidade: como fazem pra chamar o eletricista ( e aí eu vi passar uma gondola com todos os apetrechos de um faz-tudo da vida) , como entregam as mercadorias? E os mantimentos? E o lixo? A logística deve ser infernal...




Mas, como o tempo estava voando, não dava pra sentar e comer. Depois de uma pausa para um cappucino, nos restou o melhor da visita: tomar um gelatto, que ninguém é de ferro e afinal, você nunca pode ir à Itália sem tomar pelo menos uma dúzia de sorvete. Ninguém bate os italianos neste quesito e, confesso, se tem alguma coisa que me leva ao delírio, é um suculento e cremoso gelatto de nocciola....




...que é pra deixar Veneza com a sensação de revisitada em ritmo relâmpago, mas melhor do que nada.












Vinoterapia: um tratamento dos deuses

por Antonella Kann

Ícone de ousadia e criatividade arquitetônica assinado por Frank Gehry, o hotel Marqués de Riscal www.marquesderiscal.com , membro do Luxury Collection e do Grupo Starwood, se ergue soberano em meio ao grand décor dos vinhedos da região de Rioja Alavesa.



produtos da linha Caudalie podem ser encontrados em farmácias Europa afora e seus preços são super em conta.


Do aeroporto de Bilbao são cerca de 145 quilômetros pela A-68 em direção a Logrono. E depois é só pegar a saída 10 e seguir as placas para Elciego.
Também conhecida como a Cidade do Vinho, é de lá que saem os rótulos mais consagrados da Espanha.



Além do conforto das acomodações, do charme dos ambientes e da boa gastronomia, os hóspedes ainda podem desfrutar do Spa Caudalie, onde tratamentos inovadores à base da própria uva in natura – a Vinoterapia - garantem uma experiência memorável.



A Vinoterapia, como é conhecida esta marca criada em Bordeaux há mais de uma década, virou ícone de tratamento diferenciado, e abriu templos na Itália, França e Estados Unidos.



Emoldurado por vinhedos, ou seja, ao lado da matéria-prima utilizada em seus tratamentos e produtos, o Spa Caudalie não podia ter escolhido um local mais condizente para propagar a sua filosofia.




Descobriram que a uva possui propriedades anti-oxidantes e anti-cancerígenas e em alguns casos, para se transformar em cosméticos, o fruto passa por uma manipulação em laboratório. Mas no Spa, muitos tratamentos são feitos com a uva in natura. Como a esfoliação com sementes de uva, açúcar mascavo, azeite e mel, que é espalhada pelo corpo inteiro.



Um dos tratamentos mais procurados é a Formula Descobrimento/ “Discovery Package”, que inclui um banho de imersão em vinho tinto; untar o corpo com mel e vinho; massagem relaxante e uma massagem facial. Experimente e depois dê o seu depoimento...

Spa Caudalie:
www.caudalie.com
reservas@caudalie.com
info-spain@caudalie.com
tel.00xx34-945-180870
O spa abre diariamente às 10 e fecha em torno das 21hs.















Em duas rodas pela Europa:turismo de luxo


por Antonella Kann

Antes de se impressionar com o relato sobre estas pedaladas, que à primeira vista parecem um tanto espartanas, é preciso salientar que este gênero de turismo esportivo, preparado com meses de antecedência, é talhado sobre medida para inserir todo o luxo, conforto e diversão em seus mínimos detalhes.



Ou seja, a hospedagem é sempre feita nos melhores hotéis, experimenta-se a comida dos restaurantes locais mais conceituados e ainda se conta com um apoio de guias especializados cuja única preocupação é tornar as suas férias o mais aprazível possível. Em momento algum isto se assemelha a qualquer outro programa do tipo competitivo, destinado a super atletas ou pessoas cuja intenção é a de se aprimorar no esporte.





Ninguém precisa ser um exímio ciclista para optar por uma viagem de bicicleta nestas condições. Fazer turismo pedalando é apenas um modo original de conhecer uma determinada região , pois permite explorar com calma qualquer lugar por onde se passa. A empresa canadense Butterfield & Robinson (http://www.butterfield.com.br/) oferece um leque de 60 roteiros na França, Itália, Hungria, Áustria, Holanda, Bélgica, Inglaterra, Irlanda, Espanha, Portugal. São pacotes organizados cujos preços variam de acordo com a duração do passeio ( que pode ser de 5 dias/4 noites até 15 dias /14 noites). Os preços cobrem apenas a parte terrestre, ou seja: os hotéis; todas as refeições; eventos como degustação de vinhos e visitas a museus; os traslados; as bicicletas e guias especializados .




Sentada encima de uma bicicleta , a pessoa se encontra literalmente emoldurada pela natureza e esta proximidade cria uma deliciosa intimidade. Sem mais nem menos, faz-se uma parada para visitar a igreja de um vilarejo, perde-se alguns minutos catando cachos de uvas na parreira ou colhe-se amoras silvestres na beira da estrada. Ou simplesmente pára-se para apreciar a luminosidade de um campo de girassóis!






Com os pés a apenas 20 centímetros do chão, cada um é dono de si mesmo, controla o tempo e o próprio ritmo com a maior independência, já que pode encostar a sua bicicleta onde bem entender.




Divertida, descontraída e saudável são apenas alguns dos adjetivos que se poderia usar para definir esta viagem em duas rodas . Junte um grupo de amigos e você vai ver4 que não há lugar para o stress e poucos são os momentos em que ninguém solta uma piada . O bom humor, e principalmente o humor puro, faz parte integrante do dia- a- dia e as risadas soam desde que se acorda até a hora de dormir. Afinal, são férias.





















Ilha de Man:pequena mas repleta de grandes histórias


por Antonella Kann

Assim que o avião da Manx Airlines iniciou a descida para pousar no aeroporto de Douglas, a capital da Ilha de Man , a moça que estava sentada ao lado olhou pela janela e fez o seguinte comentário : “Amanhã vai virar o tempo.” A previsão foi decretada com tal convicção que não houve coragem para refutá-la, muito embora não houvesse sequer uma nuvem no céu azul e o sol estava radiante naquele entardecer. Era impossível notar qualquer indício que pudesse dar credibilidade a um prognóstico meteorológico tão nefasto. Mas, logo todo o ceticismo se dissiparia: a passageira era uma autêntica cidadã “manx”, ou seja, uma profunda conhecedora dos caprichos que a natureza impinge a esta pequena ilha da qual poucos ouviram falar e que a maioria dos turistas, mesmo os mais curiosos, sequer teve a ousadia de incluí-la em seu roteiro de viagem.


A Ilha de Man, situada entre a costa da Escócia e a Irlanda, tem apenas 20 quilômetros de largura por 54 de comprimento. Com cerca de 70 mil habitantes, faz parte do Reino Unido e, embora minúscula, reserva boas surpresas para os visitantes, tanto pelo seu patrimônio cultural e herança histórica quanto pela beleza natural.




Como é que uma ilha tão pequena consegue ter um Parlamento próprio ? A Ilha de Man, com cerca de 70 mil habitantes, faz parte do Reino Unido , sim, mas com alguns sinais bem peculiares de autonomia. Como foi dito antes, tamanho não é documento. Além do seu Parlamento particular, os manx ( como são chamados os locais) não acatam as leis inglesas em sua íntegra, mas as adaptam às suas necessidades. Não reconhecem a Rainha da Inglaterra como soberana, concedendo-lhe apenas o título local mais nobre – a de Lord of Man. Além disso, a ilha possui a sua própria moeda local, a libra manx, que não é aceita em nenhum outro lugar do planeta! Portanto, mesmo ouvindo todo mundo falando inglês com sotaque britânico, cuidado para não confundir as coisas chamando um cidadão manx de British- pode até ofender alguém.




Entre outras particularidades, a Ilha de Man não tem exército. Mesmo assim, durante as duas grandes guerras mundiais os seus habitantes foram requisitados pela Grã-Bretanha para defender a Pátria e a ilha acabou servindo para abrigar campos de prisioneiros. Felizmente, em nenhum momento ela foi atingida por bombas inimigas e o que consta até hoje do folclore local é que durante todo o conflito da Segunda Guerra, as duas vítimas fatais foram um sapo e uma lebre, acidentalmente mortos por um estilhaço alemão.




Já andou de bonde puxado a cavalo ? Possivelmente não depois do início do século XX. Ou até desembarcar na Ilha de Man. Os bondes eqüestres, chamado de Douglas Horse Trams, são um transporte público e circulam na avenida principal da cidade, a Douglas Promenade. O trajeto percorre toda a orla marítima, que se estende desde do Castelo de Derby até a Praça Victoria, cobrindo uma distancia de aproximadamente 3 quilômetros. Aliás, esta ilha é o único lugar do mundo a oferecer aos visitantes este meio de locomoção tão inusitado. Ao som do apito do condutor o cavalo começa a se deslocar a passo, numa velocidade média de 5 quilômetros por hora, lento o bastante para que a gente possa apreciar a beleza da arquitetura vitoriana nos prédios perfilados lado a lado ao longo da Promenade. Uma delícia estes bondes. Parece que você entrou numa máquina do tempo e voltou ao século XIX. Como todo bom brasileiro, o negócio é puxar conversa com o trocador e o condutor ( ou será que devemos chamá-lo de cocheiro ?). Afinal, depois de ir e vir tantas vezes, pode-se dizer que já dá para se considerar íntimo de ambos.




- Brazil ?!”, se espantou o jovem condutor de longa cabeleira loira e desgrenhada, ao ouvir dizer que alguém de tão longe veio para a sua ilha. Espantada fiquei eu em descobrir que para ele, o nosso país não é tão desconhecido assim. “Football, right ? Pelé ? ”, reagiu com um largo sorriso. Para quem nunca saiu da Ilha de Man...Os manx são chegados a um bom papo. Afáveis, simpáticos e comunicativos por natureza, topam qualquer assunto. Estamos, é claro, numa ilha que tem como vizinhos os irlandeses, escoceses e ingleses. Ou seja, é terra de pub – public bar, onde todos gostam de cerveja.




Levar o que de lembrança da Ilha de Man ? Alguma coisa, sim, bem diferente, pode ser comprado : é pequeno, leve, bonito e barato. Adivinhe: é um selo manx. Eles se orgulham muito de seus selos, confeccionados com esmero e que são, além de verdadeiras miniaturas de uma obra de arte, uma tentação para os filatelistas. E, como última tentação, guardar uma nota de 1 pound , devidamente simbolizado pelas três perninhas de botas e esporas, o logotipo manx por excelência.




Levando em conta a riqueza do seu patrimônio histórico e cultural, a Ilha de Man merece ser vista por inteiro. O melhor é você alugar um carro assim que chegar no aeroporto e aproveitar o máximo o tempo bom para rodar a ilha toda. Não se esqueça de que a mão é na esquerda e o tráfego flui “ao contrário” do brasileiro. E não se arrisque a tomar muitas cervejas nos pubs que for encontrando pelo caminho.














O balé dos cavalos húngaros

por Antonella Kann

No idioma húngaro, Puszta significa uma planície vazia, estéril e gramada. Mas dificilmente se encontra na Europa uma região que seja mais romântica. Esta atmosfera se deve principalmente à sua situação geográfica e a ausência de qualquer tipo de cerca delimitando este imenso descampado, que já foi descrito por um poeta nativo como um “lugar onde a terra e o céu se mesclam um ao outro”.



Situada a apenas 200 km da capital Budapeste, este parente distante dos pampas e das estepes tem um acesso relativamente fácil por uma estrada de mão dupla até Hortobágy, o primeiro Parque Nacional estabelecido no país. Mas Hortobágy é apenas a parte mais famosa desta imensa extensão de terra plana como a palma da mão, por onde não passam nenhuma estrada ou rede ferroviária. Quando chove muito, como no mês de agosto, a planície fica encharcada, com grandes poças d’água.


Mas um dos maiores atrativos é o cavalo Nonius, reputado no mundo inteiro e detentor do título de “cavalo ideal” na exposição de Paris em 1900. Não é de surpreender que, devido à paixão nacional por este animal, e atrelado a uma tradição húngara secular, ainda hoje podem ser vistos manadas selvagens galopando através da imensidão da Puszta.




A estepe húngara só pode ser percorrida encima de uma sela e por força destas circunstâncias gerou cavaleiros excepcionais cujo nome está intrinsecamente vinculado ao da Puszta : os Csikós. Estes famosos e introvertidos caubois nativos são capazes de acrobacias inacreditáveis com os seus cavalos, e se tornaram naturalmente os verdadeiros heróis da grande planície.
Aprendem desde pequenos a manejar o chicote com habilidade e controlar com destreza inigualável as carruagens puxadas por até cinco animais. Na época do comunismo, quando o Estado mantinha grandes haras, os cavaleiros húngaros dominavam este universo. Sendo assim, não é de surpreender que o momento mais emocionante do giro pela Puszta é quando são feitas as exibições típicas dos célebres csikös com os seus cavalos Nonius, rústicos eqüinos convenientes tanto para o trabalho de campo como para a montaria. Embora não dê para negar que seja um show turístico no meio de um descampado, com os cavaleiros trajando a típica indumentária azul e preta, colete e chapéu, a habilidade dessa gente surpreende. Em pé na garupa de suas montarias, mantendo um equilíbrio perfeito em pleno galope, qualquer um deles é capaz de realizar proezas incríveis. Além disso, a comunicação do csikös com o animal é perfeita: já viu cavalo sentar ao simples estalo de um chicote, como se fosse um cachorro ?




Com o fim da era comunista, e naturalmente com o objetivo de promover o turismo eqüestre e atrair mais visitantes, modernos centros de equitação foram implantados nesta região, cuja situação é privilegiada e propicia uma oportunidade única para aqueles que desejam cavalgar sem fronteiras. O vilarejo de Epona, no coração do parque, é um deles. Durante os meses de verão, cavaleiros de várias partes do mundo escolhem esta região para passar férias.
















Mercado de San Miguel em Madrid


por Antonella Kann


Às vezes as próprias fotos dispensam apresentação. Acho que é o caso do Mercado de San Miguel, em Madrid, bem centralizado próximo aos locais mais turísticos da cidade ( 3, Calle do Oriente). Começa pela arquitetura do prédio, que é algo impressionante.

Tanto é que a maioria das pessoas que estavam lá dentro perambulando não eram fregueses costumazes que estavam comprando mantimentos para suprir a sua despensa. Eram, sim, turistas como eu que tiravam fotos das frutas, dos peixes, dos frios, do ambiente, da plasticidade dos alimentos dispostos nas prateleiras e do colorido das iguarias.






Muita gente vai lá só para tomar uma caña ou comer um tapa. Claro que não faltam opções, desde comida japonesa ao tradicional pata negra, o jamón tanto aclamado e fatiado com precisão cirúrgica por tarimbados profissionais. Sanduíches, ostras e outros frutos do mar também podem ser saboreados in loco, de pé no balcão. Há também locais com mesas e cadeiras para quem quer praticar o "people watching", algo muito normal nestes ambientes.



































Sempre me agrada entrar em mercados onde as frutas e legumes são tratados como gente grande, dispostos de maneira a chamar a atenção e até fazer você salivar de tão estéticos que ficam. Acabei tomando um suco de melão batido e outro com laranja e maracujá , que estavam uma delicia. Aliás, me lembrou um pouco o Brasil, onde a cada esquina a gente consegue se deliciar com sucos frescos, feitos na hora. O que não é nada comum no exterior.