Gruyères : uma volta ao passado que acaba em fondue.


por Antonella Kann

Idilicamente situado no topo de uma montanha em miniatura, o vilarejo de Gruyères se destaca no horizonte como uma aparição cênica, digna de uma filmagem de um conto de fadas. A torre do castelo sobressai-se de longe, mas ao mesmo tempo se retrai atrás das muralhas à medida que o visitante se aproxima. Foram 19 condes de Gruyères que viveram nele entre os séculos 11 e 16. Hoje, sem mais nobre ou habitante ilustre, o castelo apenas domina, imponente e grandioso, sobre a paisagem da redondeza.




Como ninguém pode circular de carro em Gruyères, os visitantes são obrigados a estacionar em uma das duas áreas demarcadas, localizadas no pé do vilarejo. Depois, basta uma curta caminhada para entrar na cidade medieval.



Entra-se em Gruyères como se estivesse atravessando o túnel do tempo, deixando do lado de fora o século XX. Protegida pelas imponentes fortificações, a cidade é composta por apenas uma larga rua principal que desce e sobe, uma parte asfaltada e outra calçada de pedra.




Ladeada em ambos os lados por autênticas construções, hoje transformadas em hotéis, restaurantes com terraços ao ar livre, lojas de souvenirs e, é claro, nas residências dos habitantes locais, acaba sendo o local mais animado e concorrido da cidade. Um magnífico chafariz no centro é mais um atributo de charme.





Gruyères é um daqueles típicos cartões postais suíços, e atrai anualmente milhares de visitantes. O programa favorito da maioria, que costuma chegar um pouco antes do meio-dia, é ficar percorrendo o vilarejo, bisbilhotar as lojinhas onde tem biscoitos, queijos, mel, doces, geléias, chocolates, e todas aquelas bugigangas que turista adora.





Depois, é subir até o castelo, explorar as dependências abertas ao público e, no final, almoçar uma típica fondue de queijo, especialidade da região.






Aliás, é bom lembrar que o famoso queijo gruyères é fabricado à proximidade, numa fábrica localizada ao pé do morro, junto ao Museu do Queijo. As suas portas abrem para o público, que também pode assistir de camarote como é manufaturado um dos produtos mais afamado da Suíça.






Apesar de existirem alguns hotéis dentro e fora do recinto pedestre, na realidade algumas horas são suficientes para explorar todo o vilarejo e os pontos de interesse. O movimento nos finais de semana é intenso, e o que se vê sempre são casamentos.

Quem pernoita tem o privilégio de sentir uma atmosfera bem diferente, quando as ruas estão praticamente desertas,quase ninguém circula na praça, o castelo cerrou as suas portas e as lojinhas fecham.