Croissant, o rei dos pães

por Antonella Kann
Acabou o pão? Corre uma lenda sobre esta pergunta que teria sido feita por uma famosa rainha francesa diante da falta do alimento básico para o seu povo. “Então que comam brioche”, solucionava Marie Antoinette, que acabou perdendo a cabeça em praça pública, mas, acredito que não tenha sido por deixar de recomendar algo muito mais apetecedor – o croissant. Devia, né, já que foi ela quem introduziu e popularizou a iguaria na França em 1770. No caso, ela era austríaca de Viena, lugar de origem do croissant. E, história à parte, quem foi que disse que só se come um bom croissant em Paris? Olha, um dos melhores que já degustei foi no café da manhã do hotel Mandarin Oriental em Londres. De comer ajoelhado. Mas, também devorei uns maravilhosos no hotel da Lapa em Lisboa. O segredo? Simples : tudo é da massa folheada, mas vai fazer ! Tem que ser muito feeeeeeeeera na cozinha, como já afirmaram. Ah, na Suíça, pode procurar a padaria Taillens, no resort de esqui de Crans sur Sierre, só para comer este croissant feito nos Alpes. Em Madrid, onde costumo passar temporadas prolongadas, faço uma verdadeira peregrinação para cair com dignidade no pecado da gula e acumular calorias ( cerca de 500 por mordida) sem culpa – afinal, no Brasil faço questão de esquecer da existência daquilo que considero o “reis dos pães”...Sendo assim, recomendo dois lugares na capital espanhola para se comprar um fresquinho, crocante, daqueles que derretem na boca e dispensam qualquer acompanhamento: No Cacao Sampaka ( Calle Orellana, 4 Mº Alonso Martinez) e Le Pain Quotidien (Calle Fuencarral,95). A unidade custa em torno de € 1.40 -€1.90. Mas, o que não vale um suculento croissant?